28- Superfiliação na Lei de Umbanda

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Superfiliação na Lei de Umbanda: Nunca Houve Intermediários Entre Você e ELA

"Um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer". (Ítalo Calvino)

Assim são as nove obras de Matta e Silva....

Quem se esforça para percorrer a via dos "70% prática e 30% teoria" outrora preconizada pelo velho Matta, passa a ter com o passar do tempo muita dificuldade em ler uma sentença com a mesma percepção de antes.

Isto é, cada palavra, cada frase e tema, passam a ser constantemente ressignificados de forma simultânea, com profundidade e altura, pela prática serena dos ensinamentos que dizem respeito ao entendimento da Lei de Umbanda.

O que isso significa? Uma mera supervalorização dessas obras?

Longe disso...

Significa simplesmente que as obras de Matta e Silva, contém indicadores, chaves valiosas de conhecimento e referências precisas, que de fato, podem levar o indivíduo esforçado e bem orientado pelo seu coração, a paulatinamente se ligar ao seu mestre interior, sem intermediários, sem vieses e sem intérpretes.

Um exemplo disso, é a própria superfiliação que qualquer um pode diretamente fazer a Corrente Astral de Umbanda, através da imantação da Guia Cabalística outorgada por essa Corrente (vide a obra Doutrina Secreta da Umbanda). Mas isto, se processará mesmo, se o indivíduo de fato sentir-se convocado pelo seu espírito, para encaminhar este tipo de solicitação com fé e uma boa dose de humildade, atento as empolgações que surgem prometendo "mundos e fundos".

Todavia, ele não precisa de "mestre" nenhum para fazer isso diretamente, e isso, por si só, já deixa claro que a responsabilidade pelo seu caminho e evolução espiritual pesa unicamente na sua conta.

Vejo no panorama umbandista inúmeros irmãos de fé, que são na realidade, por livre escolha, escravos do santé, que se rebaixam em troca de "galardões iniciáticos", que por consequência, nada mais são do que aditivos psicológicos, que contrabalaçam o buraco que existe em suas personalidades fragmentadas por um complexo narcísico que no fundo, subjacente a noção que tem de si mesmos como superiores, se revela na realidade, um quadro constituído por um imenso senso de inferioridade, altamente pernicioso e destrutivo...

Sentem-se em verdade inferiores, são em verdade profundamente invejosos, e temem o menor sinal de crescimento espiritual de seus irmãos e "filhos-de-santo".

Em verdade, pouquíssimos pais de santo possuem a maturidade para aceitar que algum dia, seus filhos poderão também alçar seus vôos, pois se esquecem que quem conjuga mesmo as circunstâncias da iniciação espiritual é de fato o Astral Superior, e no jogo da evolução, até mesmo o Cristo Planetário foi batizado por quem se julgou indigno de atar suas sandálias.

A veiculação espiritual de fato e de direito não depende de mestre algum, além do seu Espírito e da aquiescência e ratificação da Lei Maior, os únicos que em verdade poderão te guiar.

"Nós não fazemos mestres, nós ajudamos a resgatar o mestre interior das pessoas quando necessário". (Itaoman)

Santa Paz

Tarso Bastos e Rogério Corrêa