46- Prática e Teoria em Matta e Silva

PRÁTICA E TEORIA EM MATTA E SILVA: ELEMENTOS INDIVISÍVEIS

 

Rio de Janeiro, 12/05/2017

 

Se no próprio campo da ciência a prática não é de maneira alguma uma derivação subjugada à ciência, pois trata-se na realidade do seu centro vital, o mesmo ocorre na dimensão relígio-científica da Raiz de Guiné.

Porquanto, neste caso, retomamos a fala de Matta e Silva quando dissera que ele é "70% prática e 30% teoria".

Neste sentido, a teoria em Matta e Silva, embora essencialmente surgida da revelação astral a partir de sua busca ativa por via de sua iniciação na Lei de Umbanda, assim tornou-se possível também, em virtude de seu estranhamento sistemático ao que foi naturalizado de modo aleatório pelas massas populares como sendo concepções verdadeiras (a priori) de Umbanda, sendo dessa forma normalizadas em função das relações de poder que se estabeleceram por pretensos "líderes" espirituais para subjugar os entendimentos e não para libertá-los... pois seres pensantes sempre incomodaram e ainda incomodam, por provocarem linhas de ruptura nos domínios da ignorância. Todavia, tal incômodo se dá não tanto para os que simplesmente entendem que estão transitoriamente no poder, mas muito mais, para os "doutores da lei" que concebem ou acham que são o próprio poder...

Por conseguinte, a contínua e ininterrupta investigação feita por Matta e Silva que propiciou a sua organização literária em nove obras, não teve lugar acima ou por fora da sua prática umbandista na TUO de Pavuna ou nas areias de Itacuruça, MAS SIM, DENTRO DO CURSO DA SUA PRÓPRIA PRÁTICA GENUÍNA DE UMBANDA POR VIA DE SUA MEDIUNIDADE.

Santa Paz

Tarso Bastos