No Silêncio da Banda, Saravando o Congá
Nosso respeito e admiração àqueles umbandistas que nada se consideram perante o Astral e que seguem trabalhando silenciosamente, tanto no terreiro quanto no dia a dia principalmente.
Pois ainda é raro de se ver indivíduos que abdicam da sua autoria nas obras da espiritualidade e reconhecem a pena do Astral, adestrando e coordenando suas mãos por vezes hesitantes para o trabalho junto à Banda.
E assim, passam a compreender devagarinho que o silêncio não é meramente a ausência de palavras, mas a própria dissolução da dicotomia agente versus ação, no trabalho mediúnico.
Isto é, não existe um ego que faz, existe somente uma passagem, existe somente o fenômeno espiritual em ação, através e junto do médium, em unidade com ele, existe a fusão, existe o AUM.
Talvez a maior dificuldade no fenômeno mediúnico, seja a separação feita entre agente e ação, acrescida do ego que passa a ter a crença de que ele é o agente causal do fenômeno espiritual, e não mais uma passagem.
Salve a Banda no silêncio de nossos Congares...
Santa Paz
Tarso Bastos