7- No Silêncio da Banda

No Silêncio da Banda, Saravando o Congá

 

Nosso respeito e admiração àqueles umbandistas que nada se consideram perante o Astral e que seguem trabalhando silenciosamente, tanto no terreiro quanto no dia a dia principalmente.

 

Pois ainda é raro de se ver indivíduos que abdicam da sua autoria nas obras da espiritualidade e reconhecem a pena do Astral, adestrando e coordenando suas mãos por vezes hesitantes para o trabalho junto à Banda.

 

E assim, passam a compreender devagarinho que o silêncio não é meramente a ausência de palavras, mas a própria dissolução da dicotomia agente versus ação, no trabalho mediúnico.

 

 Isto é, não existe um ego que faz, existe somente uma passagem, existe somente o fenômeno espiritual em ação, através e junto do médium, em unidade com ele, existe a fusão, existe o AUM.

 

Talvez a maior dificuldade no fenômeno mediúnico, seja a separação feita entre agente e ação, acrescida do ego que passa a ter a crença de que ele é o agente causal do fenômeno espiritual, e não mais uma passagem.

 

Salve a Banda no silêncio de nossos Congares...

 

Santa Paz

Tarso Bastos