Cremos, inabalavelmente, na Eterna Existência do Deus-Pai como O Supremo Espírito de Absoluta Perfeição.
Cremos e ensinamos que ele é, de fato e de direito, O INCRIADO ABSOLUTO, porque é Único e Indivisível: jamais recebendo nenhum sopro, vibração ou irradiação de nenhuma outra realidade, por acréscimo sobre Si Mesmo.
Cremo-LO como o único Ser de Suprema Consciência Operante, porque domina e dirige TUDO: a eternidade-tempo, o espaço cósmico, a substância-etérica (a energia, a matéria, etc.) e a nós mesmos — espíritos carnados e desencarnados e mesmo em evolução em qualquer sistema planetário do Universo-astral.
Cremo-LO como o único possuidor do ARCANO DIVINO; como O único que pode saber a Razão real do “ser ou não ser” dos Princípios, Causas e Origens, do que o Arcano Maior nos revela como das Realidades Incriadas e dos Fatores Criados.
Cremo-LO como Deus-Criador no sentido direto de TUDO que se relaciona ou no que produziu sobre a Substãncia-etérica, no domínio da astralidade, isto é, na formação e desenvolvimento das Vias-Lácteas, Galáxias, Sistemas Planetários, Sol, Estrelas, Corpos Celestes, etc.
Cremo-LO, realmente, como o Divino Arquiteto; como o “Divino Ferreiro”, que malha na bigorna cósmica, com Sua Vontade.
Assim, cremos nos fenômenos da criação, como uma manifestação de seu Poder Operante, plasmador, na substância-etérica, de Sua Ideação, criando nela o Arquétipo ou modelo original dos organismos astrais e das coisas físicas propriamente compreendidas.
Cremo-LO, também, como o criador das Leis Morais regulativas da Evolução Espiritual - o chamado Carma dos hindus e Lei de Conseqüência de outros.
Portanto, em relação com o dito, cremo-LO mesmo como o Criador da matemática quantitativa e qualitativa cósmica, ou seja, da lei que regula a dinâmica celeste.
Cremo-LO assim, sem falhas, no processo dito da “criação das coisas” subentendidas no que está acima definido.
E para fundamentar os conceitos desse Postulados, damos, como exemplo de relação, o Gênese de Moisés, no qual ele ensinou: “E Deus criou o homem à sua imagem e semelhança”.
Passemos, de leve, pelo sentido figurado, para ressaltarmos o interno, pois sendo Moisés um iniciado, um mago, devia possuir as chaves da interpretação dos Arcanos ou Kabala verdadeira.
Sendo o homem propriamente interpretado como um ser humano, composto fisicamente de células, geradoras dos sólidos, líquidos, gasosos e etéricos, os primeiros consolidadores do corpo denso, e o último (o etérico) consubstanciador de um outro, de matéria astral, denominado corpo astral, ou perispírito, é claro que essa criação se aplica aos organismos que foram gerados da substância-etérica, e que são usados pelo espírito para se manifestar no mundo das formas astrais e materiais, porém não são ele em si.
São, é claro, os veículos que usa para viver, quer no mundo astral, quer na condição humana.
Assim, quando Moisés ensinou: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”¹, velou o sentido oculto e correto, que seria, como é, na chave de interpretação do Arcano: “E Deus-Pai plasmou a Sua Ideação, na substância natural, criando o Arquétipo, como forma étérica e a sua continuidade para o Protótipo das formas astrais densas”.
O resto foi trabalho subseqüente das Hierarquias ² para o tipo humano. Em suma: criou à imagem e semelhança do que ideou, e não Dele - Deus, sendo imaterial, insubstancial, não plasmou a “sua forma” para ser copiada.
¹Gênese, 1º Cap. Vers. 27.
²Por isso é que a Escola Oriental fala dos construtores Siderais
Livro: doutrina Secreta da Umbanda
W. W. da Matta e Silva - YAPACANI