UMA VISITA ÀS "COVAS" DO BAIXO-ASTRAL

Vamos relatar uma adaptação de uma visita Astral, realizado por W. W. Da Matta e Silva que foi conduzido a uma Zona do baixo astral, por um Guardião.

 

Sua postagem completa está no livro UMBANDA E O PODER DA MEDIUNIDADE.

 

É um leitura e aprendizado muito importate para os filhos de fé e um alerta para aqueles que vivem procurando bruxaria, o mal, a baixa magia, demonstrando o atraso, o endurecimento e a ignorância espiritual de muitas almas que se envolvem com esse tipo de coisas, pois como alerta o nosso avô de santé:Quem aqui, pelo plano de terra, ainda praticam essas coisas, têm suas correspondências, suas ligações e a cobertura afim de um lado para outro... Isso é das covas do sub-mundo astral.

 

Vamos ao relato do Mestre:

 

 

Uma visita que nos foi facultado a fazer, a citadas "covas" do baixo- astral, por uma entidade que até hoje não conseguimos identiftcar.

 

 

Certa noite em que estávamos em nossa casa, sozinho, deitamo-nos e, durante horas, não conseguimos conciliar o sono.

 

 

Passava da meia-noite quando, naquele estado de semi-inconsciência que precede o sono propriamente dito, sentimos aproximar-se uma entidade.

 

 

Pudemos vê-la quase que nitidamente; apenas se apoderou de nós uma espécie de tolhimento psíquico e físico com sua presença.

 

 

Então, ouvimo-la assim dizer:

 

 

"Irmão Yapacani, estou aqui para levá-lo a visitar uma "zona astral" perigosa; mas, não tema, pois isso lhe será de grande utilidade."

 

 

Mentalmente respondemos-lhe que iríamos, porém, se "preto-velho" também fosse, de vez que temia ser esse convite uma cilada do baixo-astral (ao mesmo tempo que assim dizíamos pelo pensamento fomos invocando logo nossos amigos do astral, pela força de certa oração cabalística, forte, própria para ocasiões de perigo).

 

 

No transcorrer dessa situação, vimos logo chegar "preto-velho", que nos serenou, dizendo que fôssemos, pois e'e estaria atento, e que essa entidade era um guardião de zonas condenadas, podendo acompanhá-lo sem susto.

 

 

Assim, logo que chegamos ao limiar de uma região penumbrosa, parecendo-nos estar cercada de nuvens negras, paramos... Imediatamente, essa entidade tirou de alguma parte, que não identificamos bem, duas túnicas. Passou logo a vestir uma, ao mesmo tempo que mandava fizéssemos o mesmo com a outra.

 

 

Essas túnicas tinham certas placas, semelhantes a metal, pregadas pela frente e por trás, que luziam em tonalidades estranhas e emitiam também um som sutil, tal qual o ciciar de uma cigarra.

 

 

Após essa preparação, dirigimo-nos a uma entrada onde se nos deparou uma escada, parecendo-nos talhada em pedra.

 

 

Começamos a descê-la, com a impressão de que estávamos descendo para uma caverna. Sentíamos que o caminho era escuro, mas a luz vibratória das placas clareava tudo e ao mesmo tempo os seus sons ciciantes faziam com que ondas de morcegos e animais parecidos esvoaçassem e fugissem à nossa passagem.

 

 

Então, essa entidade, guardião das zonas condenadas, começou a explicar que estávamos descendo às "covas do mais baixo-astral", ou melhor, acrescentou com certo sorriso, ao "reino do bruxedo".

 

 

Nessa altura, parou defronte de uma imensa porta, toda trancada de algo assim como raízes, com certas fendas, onde se encontravam nichos cheios dos mais estranhos bichos: larvas, vermes, cobras etc.

 

 

Bateu à porta, que se abriu lentamente, até que pudemos divisar um fantástico panorama.

 

 

Numa espécie de tronco de pedra, uma mulher gordíssima, com uma cabeleira como se feita de piaçava, toda coberta de farrapos, com as mãos sujas, acariciava um gatarrão preto, de pêlo duro, comprido, nauseabundo...

 

 

Em seu redor, estranhos apetrechos e materiais que intuitivamente qualificamos como de uso da magia-negra, assim como uma panela, onde fervia um líquido vermelho, oleoso (parecendo sangue), de onde pulava e caía dentro do líquido uma boa quantidade de baratas e insetos que jamais vimos na Terra.

 

 

O quadro era tétrico. Em outro ângulo dessa "cova", identificamos uns caixões de pedra cheios de esqueletos inteiros, que se assemelhavam a ossadas humanas. De par com isso, a megera, vez por outra, manuseava um baralho grande, todo sulcado de sinais e fantásticas figuras.

 

 

Repentinamente, a bruxa (sim! era uma megera tal e qual o conceito fantástico das histórias infantis) levantou os olhos e... céus! — que pavor! Aquilo queimava, irradiava tamanhas vibrações maléficas, causando-nos tal repugnância psíquica, que apelamos para nossas reservas de energia espiritual.

 

 

À proporção que analisávamos o ambiente, tivemos a impressão de que aquilo era mesmo a última estaca, no que podia haver de mais sujo, de mais nefando no baixo-astral.

 

 

Estávamos fundamente nauseados, quando nosso guardião encetou uma série de perguntas a essa bruxa, assim: "Então, Cibiagô — muitas visitas? Muito trabalho?" Ao que a megera foi respondendo mais ou menos nesses termos: "Cibiagô muito ocupada; Cibiagô muito procurada; tudo agora anda muito bom lá por baixo, mas eles não sabem resolver tudo, sem procurar Cibiagô...

 

 

"Pena Cibiagô não poder sair daqui. .. Você sabe, não é?"

 

 

Mal terminara essas respostas, a megera levou uma das mãos ao ouvido e a outra à boca e fez sair um grito, um guincho estridente... parecendo ouvir ou se aperceber da aproximação de algo.

 

 

Nosso guardião imediatamente cruzou as mãos e colocou-as sobre uma das placas, mandando que fizéssemos o mesmo. Depois, fez um gesto para que o acompanhássemos a um canto. Ouvimos então um vozerio tremendo, à chegada de seres incríveis, de dificílima descrição, para nossa pena.

 

 

Uns eram peludos, tinham esgares, contrações horríveis, no rosto. Outros, gordíssimos, parecendo porcos ou hipopótamos, outros mais, esquálidos, olhos encovados. Todos, porém, traziam uma espécie de sacola (claro que só podia ser de matéria astral) ao pescoço.

 

 

A megera recebeu-os cheia de excitação e contentamento e passou a ouvir cada um deles. Não nos podemos lembrar nem detalhar todo o ocorrido nessa "cova" do baixo-astral, mas compreendemos perfeitamente que aqueles seres hediondos que ali haviam chegado se queixavam de fracassos e contavam sucessos ao mesmo tempo, tudo relativo ao gênero de atividade que exerciam sobre o astral inerente à crosta terrestre.

 

 

E estavam ali, pedindo mais forças e poderes à megera, para prosseguir em suas atividades nefandas, aos quais ela ia dando através de pozinhos (nessa altura, lembramo-nos de que nunca as "casas especializadas" venderam tantos pós em latinhas como ultimamente: "Para casar, para matar, para se apoderar disso e daquilo etc."), líquidos e uma série de estranhos materiais que ia apanhando em seus respectivos lugares. Essas entidades negras recebiam com gritos de prazer e os iam colocando em suas sacolas.

 

 

Um detalhe que achamos extraordinário foi que, ao se retirarem todos, de um a um, beijavam a mão da megera e bebiam um pouco daquele líquido avermelhado que pulava, fervendo, naquela panela.

 

 

Para nós desnecessária foi a explicação que nos deu o guardião, de que aquelas horríveis entidades manipulavam a mais baixa-magia-negra, nos ambientes chamados por nós humanos de "catimbó". São os "anjos protetores" dos catimbozeiros.

 

 

Depois que se afastaram, o guardião, retirando as mãos da placa e mandando que fizéssemos o mesmo, aproximou-se da megera, que exultava.

  

Somente a lembrança que se nos fixou na retina astral pôde nos ajudar a descrever isso mais ou menos, visto que as náuseas psíquicas nos impediram de registrar todos os detalhes.

 

 

Dali nos retiramos, e o guardião nos disse então que iríamos descer mais ainda. Descemos. E vimos não uma porta, mas uma espécie de boca de túnel, por onde penetramos e fomos dar num recinto que nos causou maior impressão do que o primeiro citado.

 

 

Descrevê-lo exatamente é-nos impossível, mas vimos desta feita a figura de um homem que nos pareceu ter apenas pele e pêlo recobrindo o esqueleto.

 

 

Por todo aquele pêlo que revestia trafegavam centenas e centenas de estranhas larvas, as quais entravam e saíam repetidamente por sua boca, nariz ouvidos etc.

 

 

Pelos cantos desse recinto, lodoso, úmido, pudemos ver ossadas, caveiras, em profusão. Esse tipo astral, ao nos ver, tomou uma atitude de arrogância, de maldade, ao mesmo tempo em que perguntava ao guardião: "Que quer dessa vez?" Ao que o guardião respondeu: "Viva oh! Atafo! Queremos esperar aqui a chegada de teus visitantes, que não devem tardar."

 

 

Esse estranho tipo astral refletia tamanha repugnância espiritual, tais vibrações de difícil definição, que somente üma poderosa guarda e proteção era o que nos fazia suportar tudo aquilo serenamente.

 

Dentro de indescritíveis pensamentos, ao mesmo tempo que analisávamos tudo o que por ali víamos, fazíamos nossas conjeturas.

 

 

Súbito, esquisitos assovios interromperam nossos pensamentos, ferindo nossa audição, e apressadamente nosso guardião nos levou a um local à parte, procedendo à mesma operação de colocar as mãos cruzadas sobre as placas da túnica.

 

 

Prestamos atenção, e dentro em breve vimos chegar, silenciosamente, um grupo de seres de pequeno porte, anões.

 

 

Descrever os horríveis defeitos que apresentava o corpo astral desses seres seria quase que causar ao leitor traumas emocionais.

 

 

Mas todos eram mais ou menos peludos, tinham exageradas corcundas e um detalhe, excepcional, era comum a todos: apenas um grande olho tinham no centro da testa e eram obrigados a assoviar constantemente, de vez que assim nos pareceu ser uma maneira de conter a enxurrada de vermes que saíam das aberturas que chamamos de boca, à falta de outro termo.

 

 

Na presença desse monstro astral, esses monstrinhos quase não falavam, gesticulavam muito e se entendiam muito bem.

 

 

Não compreendemos de imediato qual o papel desses seres no baixo-astral, mas o nosso guardião nos explicou que eram "vampiros das esferas negras", querendo dizer com isso que formaram uma classe de seres muito baixa na escala espiritual, porquanto era usada pelos magos negros do astral para provocar misteriosas doenças nos encarnados, através de certas operações de magia-negra.

 

 

Dentro de nossa experiência de vinte e tantos anos, compreendemos automaticamente por que as descargas, defumações e rezas especiais conseguiam tanto êxito em casos nos quais a medicina terrena já havia esgotado todos os recursos.

 

 

Nessa altura, perguntamos mentalmente ao guardião por que esse tal de Atafo assim era e assim vivia.

 

 

Deu-nos uma explicação profunda, da qual resumimos o seguinte: Atafo, esse monstro astral, era um espírito de tamanho endurecimento, tão sobrecarregado pelos males que há milênios e milênios vinha praticando, que foi banido para essa região "condenada" e por ali criara sua própria "cova", porque ali era realmente o "reino do bruxedo". onde as hostes satanizadas, bestializadas, iam buscar elementos destruidores, porquanto seus habitantes haviam-se especializado na prática do mal.

 

 

Pedimos ao guardião para sair dali, pois já não agüentávamos, e fomos imediatamente atendidos.

 

 

Do lado de fora, o guardião nos perguntou se ainda estávamos com coragem para visitar a terceira "cova", o que aceitamos, porém não queremos contar mais nada a esse respeito, porque ultrapassa até ao fantástico o que lá existia.

 

 

Com a descrição feita quisemos deixar bem nítida na mente do leitor a idéia de que a bruxaria, o malefício, a magia-negra, o atraso, o endurecimento e a ignorância de muitas almas que aqui, pelo plano de terra, ainda praticam essas coisas, têm suas correspondências, suas ligações e a cobertura afim de um lado para outro...

 

 

Então meu irmão, lembre se semelhante atrai semelhante....

 

Santa paz.