Os Movimentos Espirituais

Os movimentos espirituais, sejam quais forem, são lenitivos e caminhos que almas traçam a si e que variam de encarnação para encarnação, enquanto não ocorre a libertação dos traços egóicos que necessitam da particularização do todo.

 

Neste sentido, Umbanda, Candomblé, Pajelança, Catolicismo, Espiritismo, Budismo, Judaísmo, Hinduísmo, são todos movimentos legítimos dentro de suas propostas evolucionais.

 

Ocorre que, em um contexto mais amplo, todos eles estão ligados pelos fios de ouro da espiritualidade maior. No âmbito, porém de suas expressões, a confusão se instala quando se inverte os princípios que norteiam cada uma delas, consubstanciando um outro fenômeno, que não a legítima expressão de suas propostas.

 

Assim, arrogando-se de detentores do messianato, os quais até poderiam encabeçar, caso estivessem os proponentes a altura daqueles que os precederam, em termos de altivez espiritual, nos posicionamos contra não a expressão individual, mas a inversão de valores.

 

Ora, dentro de um cenário estabelecido, a Umbanda teve a proposta de unir segmentos diversos, sanando ritos cuja expressão muitas almas já não se enquadravam, demonstrando através da legítima incorporação dos seus guias e mentores, trajetória reta rumo a práticas que fossem mais saudáveis aqueles que assim estavam predispostos.

 

Observe o caro leitor que, quando nos referimos a saudáveis, nos referimos a uma coletividade afim. Para as demais, as práticas usuais, antigas, estabelecidas, deviam continuar, como de fato aconteceu, aguardando a espiritualidade maior o decorrer do tempo e o amadurecimento que fariam os demais enquadrarem-se em postulados mais apropriados ao esquema evolutivo ao qual CADA SER ESTÁ DESTINADO, variando apenas a FORMA COMO SE CHEGAR LÁ.

 

Assim, leitor amigo, nós, do lado de cá do mundo, onde as formas não tem a mesma interpenetração e portanto não nos interessam tanto, podemos afirmar que, o respeito as expressões religiosas, quaisquer que forem, é dever de todo aquele que busca a correção íntima e o aprimoramento, contudo, não concordamos quando, arvorados em uma autoridade que não possuem em nos representar, sacerdotes impõe de maneira velada suas escolhas, apartando-se de suas tarefas que foram traçadas não para a reforma, mas para a prestação de serviços, em conformidade com os designios daqueles que estão acima de nós e que, estes sim com MÁXIMA AUTORIDADE ESPIRITUAL, podem determinar os caminhos mais adequados que levarão todos a um novo raiar do dia espiritual em suas caminhadas evolutivas.

 

Caboclo Águia Branca