A Umbanda é uma só, mas numerosos caminhos à ela conduzem, pois se apresenta de forma plural, com variadas vertentes, que vivenciam a religião por diferentes perspectivas.
Uma destas vertentes é a chamada Umbanda Esotérica, que se aprofunda no estudo dos fundamentos ocultos, magísticos, científicos, filosóficos e metafísicos desta religião.
Os primeiros passos do conceito de Umbanda Esotérica foram apresentados pela primeira vez no Primeiro Congresso Brasileiro do Espiritismo de Umbanda em 1941 pela Tenda Espírita Mirim e a primeira obra na literatura umbandista com esse termo foi “A Umbanda Esotérica e Iniciática” de Oliveira Magno em 1951. Porém, foi somente a partir dos ensinamentos de Pai Guiné de Angola, através de seu médium W. W. da Matta e Silva, que a Umbanda Esotérica se consolidou, ganhando o escopo de “escola” e firmando seus profundos conceitos doutrinários, grafados nas nove obras escritas por esse médium, que foi também um grande pesquisador.
Essa vertente abarca o segmento daqueles que procuram preservar o legado deixado por Pai Guiné, conhecida como Umbanda Esotérica de Raiz ou simplesmente Raiz de Guine, em alusão a Pai Guiné. Esta distingue-se de outro segmento que se intitula Umbanda Esotérica, tendo também doutrina e burilamento pessoal, mas que não segue literalmente os conceitos doutrinários e ritualísticos em sua origem e nos quais encontramos conceitos de Maçonaria, Rosa Cruz, entre outras escolas.