O semanário 3

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Logo na edição de 25 de Abril, página 11, saiu a matéria de W. W. da Matta e Silva

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(W. DA MATTA E SILVA (DIRETOR ESPIRITUAL DA TENDA UMBANDISTA ORIENTAL)

UMBANDA OU A RESSURREIÇÃO DOS MISTÉRIOS 

o semanario 3 https://img.comunidades.net/umb/umbandadobrasil/Matta_e_Silva.JPG7.ª DE UMA SÉRIE REPORTAGENS

 

Umbanda como Lei, Expressão e regra, é força mágica qua abarca ou enfaixa, todo este tremendo e crescente movimento religioso, já alcançando milhões  de criaturas, através de milhares e milhares de agrupamentos-afins (Tendas, Cabanas, Terreiros, Centros, Templos, Ordens, Fraternidades, Casa, etc.), já existentes por quase todos os Estados do Brasil.

 

O vocábulo Umbanda sômente pôde ser identificado, dentro qualificadas línguas mortas, assim como no sanskrito, pelhvi, nos sinais védicos e, diretamente, na língua ou alfabeto adâmico ou vatânico, dito primitivo da humanidade, quando entre  este e aqueles, a tônica dá as variações próprias, desde AUM-BAN-DAM, ÔM-BAN-DA, ÚM-BAN-DÃ, ÁUM-BAN-DA, ÔM-BAN-DHÃ, etc.

 

Sua origem se perde na pré-história... Todavia, entre os Angoleses, existe o termo forte de KI-MBANDA - Kia Kusaka ou Kia diham-bam - que significa sacerdote feiticeiro, o que cura doênças, invocador dos espíritos, etc., firmado no radical MBANDA (parte inflexivel), conservado através de milênios, legado da tradição oral da raça africana, o qual é uma corruptela do original U-MBAN-DA, conhecido de seus primitivos sacerdotes (que também foram depositários do mistério ou da síntese religiosa que esta palavra traduz), quando os Templos se erguiam, imponentes, no Alto Egito e na lendária Índia, em remotas épocas. Fazemos notar também, que deste vocábulo-trino, os Brahmas identificam apenas uma expressão - o  AUM védico...

 

O valor real desta palavra, transcende da maneira comum, pronunciada por nós a própria magia do som, isto é, das vibrações. Ela tem uma vocalização especial, usada na parte esotérica, pois se transforma em poderoso mantram, que corresponde ou provoca certas correntes fluídicas de harmonia, no psiquismo, pelo chakra ou Plexo Frontal.

 

Então, comprovamos que Umbanda é um termo místico, sagrado, vibrado, litúrgico, IMPLANTADO de 40 anos pra cá (depois de 1917), pelos espíritos chamados de caboclos e pretos-velhos, dentro dos Cultos. Afro-brasileiros, quando estes ambientes alcançaram uma certa tônica espiritual e quando fez-se necessário traduzirem por ele, uma coordenação de Príncipios, Fundamentos, Sistemas e Regras, e significa em realidade - CONJUNTO DAS LEIS DE DEUS...

 

Elucidação Necessária

 

Devemos esclarecer, para que se compreenda bem o exposto, que nossos irmãos africanos, aportados ao Brasil, como escravos, já tinham os seus Cultos e como elemento básico, impulsionando a razão de ser dos rituais, a invocação de orixás, como manifestação espirítica: era o decantado "estado de santo" - transe mediúnico para nós e excitação ou "l´animisme fetichiste" de Nina Rodrigues - onde os "pais de santo e respectivas filhas" ficavam "possuídas pelo orixás"...

 

O fenomêno espírita propriamente dito, considerado por eles, como o vértice de seus terreiros, era o da manifestação do referido orixá, que nenhum Babalaô ou Babá, dos tempos passados e presentes, JAMAIS definiu ou caracterizou como sendo um espiríto de "preto, mestiço, branco ou alemão, francês, japonês, etc. O conceito, até hoje fundamentado, é o seguinte: Os orixás ancestrais - os originais, que interpretaram, ora como Força divinizada da Natureza, ora como Espíritos Superiores desta mesma natureza, ora como deuses "da mesma categoria dos anjos do cristianismo" - não baixam, isto é, não se manifestam no sentido de transe mediúnico, não incorporam. Os que baixam são os Orixás-intermediários. Estes na variação do conceito de modernos Babalaôs, não devem "ser confundidos com os espirítos elementais, nem tampouco com o "santo católico", que vem a ser um EGUM... E ainda: os africanos, fora da cerimônia funerária, no qual invocavam a alma do pai de santo morto, esperando que viesse ditar sua última vontade, não aceitavam ou melhor, nem cogitavam em ser egúns, nos seus rituais ou práticas religiosas...

 

- Os Orixás intermediários, devem ser, forçosamente, pela Lei de Afinidades, espíritos de certas categorias, cuja evolução, ainda os sujeitam ao Karma coletivo e individual.

 

Foram, necessáriamente, encarnados - passaram pela vida terrena - e inconstestávelmente, EGÚNS. Estes segundo os ensinamentos, são espíritos de desencarnados... Portanto, a natureza dos espiritos que se manifestavam nos "cavalos ou médiuns" considerados como orixás, era uma incógnita para os africanos... e, não sabemos se os atuais sacerdotes destes Cultos, já resolveram este "mistério".

 

Para nós outros, dentro da Iniciação genuínamente umbandista, este "mistério" não existe. Sabemos que os classificados como Orixás-intermediários atuantes exclusivamente no 1º Plano desta Grande Lei, são exatamente os que o esoterismo indiano conhecem como Nirmanakayas. Precisamente como diz Arthur C. Powell em sua obra "El cuerpo Astral": "Un Nirmanakaya fué un ser humano que ha alcanzado la perfección, que ha puesto de lado su cuerpo físico, pero conserva sus principios inferiores manteniéndose en contacto con la tierra, al objeto de ayudar en la evolución de a humanidad. Estas grandes entidades pueden comunicarse y, en contados casos, se comunican, valiédose de um médium, pero este ha de ser muy puro y de caracter muy elevado".

 

Mas, o que ainda ficou claro e patente, é que este fenômeno ou costume de Babalaôs receberem espíritos de "caboclos e pretos-velhos" - que são desencarnados, egúns - estabeleceu-se, ou melhor, tornou se em REGRA, depois, muito depois, quando firmou-se completamente o entrelaçamento com o meio aborígene e subsequentes mesclas. Em suma: a atuação destes espíritos deu-se como processo ou movimento evolutivo, imperativo, gerado ou nascido AQUI, nas boas terras brasileiras, sob a vibração do cruzeiro do sul, ao findar a era de pisces... Foi este PROCESSO, o fixador da influência e respectiva CONSOLIDAÇÃO do que, conscienciosamente afirmamos como Lei de Umbanda...

 

É um absurdo ridículo supor-se que seres desencarnados do estado de índios Kalapalos, Xavantes ou de africanos, destas tribos ou nações ainda existentes em condições ainda primitivas, lhes sejam facultados pelos Orixás Superiores (conhecidos no esoterismo oriental como os Senhores do Karma – os Lipikas – pois que o nome não altera a essência da coisa), atuarem pela manifestação mediúnica, a fim de ensinarem aquilo que eles não sabem, isto é, ministrarem conhecimentos profundos, movimentarem forças sutis da magia, com alto discernimento de causas e efeitos, etc., conhecimentos estes, somente adquiridos em sucessivas provas ou experiências, por intermédio de outras condições humanas.

 

É ponto fechado nos ensinamentos ocultos, que os remanescentes atrasados de nossa 5ª Raça-raiz (raça no sentido de todos os seres que povoam o Planeta Terra) continuam se encarnando em povos ou tribos que ainda representam períodos do passado, como sejam os ditos aborígenes da América, África e certos ramos asiáticos, devido justamente, a seus estados de consciência ou de pouco adiantamento. Todavia, admitimos que muitos destes, possam atuar em ambientes e criaturas afins aos subplanos. Porém, nunca como os que conhecemos e se identificam como Protetores, Guias e Orixás intermediários... da Grande Lei de Umbanda.

 

 

Doutrina

 

 

Na doutrina, estas supracitadas Entidades de “caboclos e pretos-velhos”, ensinam da existência de um Ser-Supremo – Deus (a mesma Deidade ou Sat – raiz sem raiz – da Doutrina Secreta) Causa Primeva que movimentou todos os Princípios, onde todas as especulações (sobre ELE) se limitam entre as clássicas interpretações filosóficas e teológicas de todos os tempos, e a fé ou grau de alcance espiritual de cada um...

 

Ensinam também que Ele deu vida-ativa a todos os Espíritos para se tornarem nos EGOS individualizados, que, sistematicamente, tomam a forma humana, desde as noites da Eternidade.

Afirmam mais que Deus (ou Zambi, Olorum, Obatalá, Tupan, etc.), revelando os Seres e criando as Leis – cósmica, de causa e efeitos, etc. – por certo que revelou ou estabeleceu também a Lei Una ou seja, a Verdade Imutável (a Verdade entra no aspecto do Relativo, de acordo com as concepções, penetrações, isto é, em relação com os já mencionados estados de consciência dos homens), com suas Regras – morais, espirituais, imprescindíveis ao desenvolvimento desses mesmos Egos, nos sucessivos Ciclos de Evolução ou seja, desde a 1ª Raça Mãe, dita Adâmica, até a atual, no meio de sua 4ª Ronda ou Circuito de Provas...

 

 

Consideram mais que esta Lei Una, com suas LINHAS DE FORÇAS – estabelecidas pelo Criador – DETERMINAM as Correntes de Equilíbrio e Ascenção – físio-psíquicas-espirituais – e são, realmente, o que conhecemos, esotericamente, como as 7 LINHAS DA UMBANDA e que, esotericamente, são confundidas e chamadas de “linhas de Santo”, linhas disso ou daquilo. Estas Eternas Verdades, transcendentais no verdadeiro Meio Umbandista, JAMAIS devem ser comparadas com os dogmas ou convencionalismos de outras religiões ou escolas...

 

 

Devemos frisar que os espíritos de “caboclos e pretos-velhos” se apresentam nestas formas, para se identificarem como militantes da Lei, por afinidades com antiquíssimas encarnações onde muito sofreram, para simbolizarem assim, a individualidade nestes estados – como Pureza, Simplicidade, Humildade... Pois bem, repetem sempre, que a Umbanda revivendo a original Tradição, por intermédio deles, tem por Missão precípua, restaurar certos ensinamentos ocultos, em paralelo com a capacidade de aferição dos humanos, a fim de evoluírem mais rapidamente, pois é visível o atraso espiritual desta raça ainda envolta em duros  cascões – astrais, mentais, religiosos, sociais, etc...

 

 

Realmente estas Entidades vêm lutando tenazmente dentro dos agrupamentos-afins, no sentido de elucidarem as criaturas, ainda sensíveis pelo atavismo latente a se arraigarem a influências diversas, no próprio meio onde é atuante o fetichismo e as práticas absorvidas de outros setores religiosos. A dificuldade primordial destes “caboclos e pretos-velhos” está em que, para doutrinarem, conservando seus ensinamentos corretos – não deturpados – livres destas tendências e práticas, necessitam do fator mediúnico e este, é complexo, nem sempre tem veículos (denominados médiuns, aparelhos, mediadores e até “cavalos”, etc), apropriados, para se externarem verdadeiramente. Estes veículos são realmente, os pontos vitais na Umbanda...

 

Dentro da Ciência Dos Números

 

De fato, as nossas Entidades já deram a prova de serem os defensores das Antigas e Eternas Verdades, e para isso, identificaram Umbanda, como a primitiva Lei Relígio-científica, dando pela Ciência dos Números, sua própria NUMEROLOGIA – CHAVE FUNDAMENTAL, citada e ansiosamente pesquisada no todo, pelos Iniciados das vária Escolas, inclusive pela própria H. P. blavastky (fundadora da E. Teosófica), que fundamenta sua Doutrina Secreta (1º Vol.) nas 7 Estâncias do “Livro de Dzyan” (estas Estâncias se baseiam nesta Numerologia, porém velando ou ocultando, todo arcabuço deste sistema de números, básicos, relacionados diretamente com a Cosmogonia esotérica e com as Hierarquias Divinas até as Sub-humanas), argumentando repetidamente nesta chave-sagrada. Fazem a mesma coisa, robustecendo conceitos ou ensinamentos, Roso de Luna, Sinet, Figanière, A. Besant, e dezenas de outros mais em suas obras...

 

Análise do Panorama do Meio

 

Todas as Religiões tem sua parte interna (ou esotérica) e externa (exotérica pública) e se fizeram distintas, entre si, porque particularizaram sistemas e regras, isto é: foram interpretadas ou concebidas em relação com as conveniência política, morais, sociais, e espirituais de povos ou raças, pelos seus sacerdotes ou autoridades religiosas que firmaram ensinamentos, em livros sagrados, variando velando ou deturpando pelo relativo, o aspecto Uno da Verdade. E assim é que os mitos, os símbolos e os ritos, são véus com os quais envolveram as massas. Todavia, estes véus, são desvelados em justaposição com as necessidades e penetrações dos iniciantes, dentro do critério com que foram criados ou seja: só o podem fazer, os realmente capacitados ou autorizados... esta é a Regra.

 

Finalizando

 

Como não temos mais espaço, reafirmamos o que disse o irmão H. de S. em reportagem anterior: “Umbanda é a LUZ nas TREVAS”; é também o que disse o confrade R. de C. “Umbanda é Caminho, é sentimento, é magia, é símbolo. Veio de longe, de onde? Veio de sempre para o nosso amor”. Tudo isto se harmoniza em nosso coração e nos fêz sentir nestas composições a mesma mística, quando dos arcanos profundos d´alma, o verbo fremente interroga:

 

-SENHORA DA LUZ-QUEM ÉS? – Eu sou a Umbanda – vibração mágica de amor e força – ELO envolvente que atinge a tudo e a todos!

 

Como Expressão e Regra, sempre me apresentei Velada pelo próprio Manto do Criador! Envolta nele, estendi as variações de minha “forma-luz” sobre os povos, através dos séculos...

 

No entanto, Eu sou a primitiva Revelação, Alma do Mundo, sem princípio e sem fim, dentro do seio da Eternidade!

 

Já me fiz interpretar, inúmeras vezes, sendo assim decantada, na concepção e na fé: “Eu sou a Natureza, mãe das coisas, senhora de todos os elementos, origem e princípio dos séculos, suprema divindade, rainha dos Mares, primeira entre os habitantes do céu, tipo uniforme dos deuses e das deusas. Sou eu cuja vontade governa os cimos luminosos do céu, as brisas salubres do oceano, o silêncio lúgubre dos infernos, potência única, sou pelo Universo inteira adorada sob várias formas, em diversas cerimônias, com mil nomes diferentes.

 

Os Frígios, primeiros habitantes da terra, me chamama a Deusa – mãe de Pessinonte; os Atenienses autóctones me nomeiam Minerva, a Cecropana; entre os habitantes da ilha de Chipre, eu sou Venus de Paphos; entre os Cretenses, armadores de arco, eu sou Diana Duchjna; entre os Sicilianos que falam três línguas, eu sou Proserpina, a Stigiana; entre os habitantes de Eleusis, a antiga Céres. Uns me chamam Juno, outros Belone, aqui Hecate, acolá a deusa de Ramonte. Mas, aqueles que foram os primeiros iluminados pelos raios do sol nascente, os povos Etiópicos, Arianos e Egipcios, poderosos pelo antigo saber, estes, sós, me rendem um verdadeiro culto e me chamam pelo meu verdadeiro nome: rainha ISIS “(Apuléia – “Metamorfose”, Xl, 4).

 

Porém, dentre aqueles do passado, no presente, existem muitos, que conseguem me ver sem o véu de ISIS e para estes, Eu Sou a Lei – a Unidade – excelsa manifestação do Verbo, que harmonizo minha tônica, através dos Planos e Subplanos e me faço atuante, pelo Relativo na Verdade, dentro dos corações de todas as criaturas que neles se situam. E, hoje, também, que de meu antigo berço, mil cânticos me evocam, farei reviver, das brumas do esquecimento, como imperativo da nova Era que chegou, os Antigos Mistérios – a perdida Síntese Relígio-científica...”

 

Abaixo, o anúncio da obra Umbanda de Todos Nós e para o proximo lançamento de "A DOUTRINA SECRETA DA LEI DE UMBANDA", na página 11 da edição de 18 de julho de 1957.

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Atenção

"A DOUTRINA SECRETA DA LEI DE UMBANDA".

Obras fundamentais de W. W. da Matta e Silva.

 

Pesquisa: Rogério Corrêa

Fonte: http://bndigital.bn.br/