Matta e Silva por Cátia Augusta

Fui a Itacuruçá pela primeira vez aos 9 anos. Meus pais estavam em busca de auxílio para alguém muito especial para ambos e além disso, os livros de Matta e Silva despertaram em meu pai uma enorme vontade de conhecê-lo.

Matta e Silva recebeu a todos: meus pais e três filhos, mais um casal de amigos, com carinho e atenção... Na hora de falar sobre o problema que nos levou até lá, ele conversou apenas com meu pai. Sentado em seu banquinho, começou assoviar e depois de algum tempo fazendo isso, disse: vocês vieram acompanhados... Pai Joaquim veio com vocês. Ele me pediu que cante um ponto para ele. Quem é o médium de Pai Joaquim? Meu pai respondeu: é a minha esposa.

Ele se prontificou a ajudar e pediu que meus pais levassem a pessoa até ele. Infelizmente, a família não permitiu... Posteriormente, meus pais retornaram a Itacuruçá e externaram a vontade de fazer parte da corrente. Matta e Silva respondeu: vocês são bem vindos, mas não terei tempo de prepará-los, pois meu tempo na terra é curto... Foram dois anos fazendo parte do terreiro de Itacuruça, até que Matta e Silva se foi, mas marcou nossas vidas para sempre!

Evidentemente que, por ser apenas uma criança, não me beneficiei  de seus ensinamentos de maneira direta, mas indiretamente sim, através de meus pais e mais recentemente, de Mario Tomar, que há anos é amigo de nossa família e atualmente também é meu Mestre.

Meus pais, que na época eram médiuns da Umbanda Popular, se identificaram com a Umbanda Esotérica e nela permaneceram. Eu e meus irmãos crescemos nos sentindo membros da corrente de Pai Guiné, tal como nossos pais e hoje, depois de mais de trinta anos, já adulta, batizada e atuante, sei que esse é o meu caminho.  Espero que meu pai carnal Carlos Evaristo e Matta e Silva tenham se encontrado no plano espiritual e que ambos possam nos ajudar em nosso trabalho de caridade...

 

Cátia Augusta