40- A Raiz em razão e verdade do Anjo Guardião

A Raiz de Guiné em razão e verdade do Anjo Guardião

 

Rio de Janeiro, 11 de março de 2016

 

Uma nova fase por dentro do movimento umbandista dito como esotérico, começa a emergir, sobretudo, pelo reconhecimento do imenso esforço dispendido por Matta e Silva, "a ferro e fogo", em apresentar da maneira mais simples possível, as linhas mestras ou os vetores originais, por onde são delineados os conceitos estruturais e funcionais fundamentais que constituem e, de fato, externam à Umbanda no mundo físico.

 

Só que neste caso, a Umbanda passa a ser retificada, ratificada, refundida e revigorada, não no exterior, em sua forma tangível - doutrinária, ritualística e relígio-científica- mas, em nosso mais profundo íntimo astral e psicológico, pois este trabalho estrutural quanto à concepção, vivência e prática da Umbanda Esotérica, Matta e Silva já o fez... pois que a Umbanda, como ele mesmo afirmou, já fora codificada há muito tempo pela sua própria Corrente Astral, cabendo tão somente a ele, Matta e Silva, revelar, e, repassar certas ratificações e retificações apontadas pelo dito Astral Superior, mormente, por intermédio de sua literatura e prática rito-litúrgica nas antigas areias da extinta T.U.O em Itacuruça.

 

Por conseguinte, a necessidade de ratificação se faz mais premente ao coração daqueles que deram uma longa volta, e, a partir do momento em que viram a realidade dos fatos, entenderam o que estava descarrilado, andando com efeito, por fora dos trilhos apontados por sua justa consciência e, portanto; errado, distorcido e vilipendiado por força da revelação de uma Lei, sempre em movimento circular, a qual, tudo encerra em sua onipresença e onisciência. Assim, puderam então, se aproximar ainda mais do que fora apontado como o certo pelo Astral Superior, sobretudo, através da literatura constituída pelo velho Matta, que embora qualificada por alguns como obsoleta pela "letra morta", ainda continua norteando e imprimindo possante combustível ao fogo iniciático que brota das profundezas do íntimo dos que encontram a Raiz de Guiné acima de tudo e primeiramente, dentro de si mesmos, através de um contato puro, imaculado e direto, e não a partir de intermediários, quais sejam; Mestres, Babalawôs, Babalorixás pais de santo ou iniciados de qualquer grau. Pois que: o contato e o vivencial da iniciação na Lei de Umbanda são intransferíveis, são únicos, não sendo, portanto, reprodutíveis, dadas as circunstâncias de que a Iniciação, de fato, na Umbanda, é substanciada pelo plano do Espírito único e imortal de cada iniciado, em razão e verdade de seu Anjo Guardião. Pois, somente pelo Plano do Espírito, o qual é gradualmente manifesto pela iniciação até a sua revelação total na consciência, poder-se-á retornar ao Plano Virginal.

 

A visão do certo é, portanto, prerrogativa intransferível daquele que chegou a tal compreensão. Pois "mestre" algum poderá nos dar a visão da verdade que carregamos dentro de nós. Eis a legítima rebeldia da qual não devemos nos desfazer, pois lutar em nome de nossa legitimidade e integridade espiritual é algo digno de toda honra e reconhecimento.

 

Todos nós somos sucessores e mantenedores do legado de Matta e Silva no Brasil e no exterior. E que isso, seja ratificado na plena convicção de que: se caminhamos com o coração guiando o intelecto como um instrumento que efetiva a sua visão de síntese, com fé e pureza de intenções para defender esta UMBANDA de Todos Nós, nada e nem ninguém poderá interferir nisso.

 

Não há duvidas quanto a isto!

 

Aos meus irmãos de santé, minha eterna amizade!

 

Santa Paz

 

Tarso Bastos